Quando os nossos sonhos se acabam, fica um vazio imenso,
Uma vontade de parar,
De desistir de tudo...
É um período difícil, em que os dias, as horas,
e até os segundos são longos...
Não conseguimos progredir...
Falta vontade, motivação...
Fechamo-nos para tudo e para todos, como se nada importasse,
nada tivesse algum valor...
Vamos nos destruindo pouco a pouco...
Por que será que muitas coisas em que acreditamos, chegam ao fim?
Acreditamos na felicidade eterna, e muitas vezes ela não passa de um pequeno tempo...
Tempo suficiente para deixar uma saudade infinita...
Até que um dia...
Um novo sonho começa a dar o ar de sua graça, chegando de mansinho,
tentando abrir os cadeados do nosso coração...
Estamos trancados, com um enorme medo de sofrer de novo.
Mas mesmo assim, o novo sonho vem chegando,
trazendo na mala tudo de novo...
E como todo novo sonho, é regado de novidades que fascinam, mexendo com emoções adormecidas, trazendo de volta a emoção de viver, amar, recomeçar! Nesta hora, quando tudo ressurge, podemos avaliar melhor a vida...
Temos que transformar cada pequeno instante, em grandes momentos...
Eliminar tudo que maltrata o nosso corpo, o nosso espírito, e dar lugar somente ao que nos engrandece como verdadeiro ser humano e filho de Deus!
E se os seus sonhos estiverem nas nuvens, não se preocupe...
Eles estão no lugar certo.
Construa os alicerces, e SUBA!
Nunca desista de ser feliz!
SONHE, pois o SONHO comanda a vida!!!
Atreve-te a SONHAR e encontra a FELICIDADE .
por : Eliene Menezes

Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e oramos raramente.Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos frequentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das 'rapidinhas', dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'.Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na despensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer. Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua companheira (o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, ame... Ame muito.Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro. O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas AMAR tudo que você tem!
Deus me deu um amor no tempo de madureza,quando os frutos ou não são colhidos ou sabem a verme.Deus-ou foi talvez o Diabo-deu-me este amor maduro,e a um e outro agradeço, pois que tenho um amor.Pois que tenho um amor, volto aos mitos pretéritos e outros acrescento aos que amor já criou.Eis que eu mesmo me torno o mito mais radioso e talhado em penumbra sou e não sou, mas sou.Mas sou cada vez mais, eu que não me sabia e cansado de mim julgava que era o mundo um vácuo atormentado, um sistema de erros.Amanhecem de novo as antigas manhãs que não vivi jamais, pois jamais me sorriram.Mas me sorriam sempre atrás de tua sombra imensa e contraída como letra no muro e só hoje presente.Deus me deu um amor porque o mereci.De tantos que já tive ou tiveram em mim,o sumo se espremeu para fazer vinho ou foi sangue, talvez, que se armou em coágulo.E o tempo que levou uma rosa indecisa a tirar sua cor dessas chamas extinta sera o tempo mais justo. Era tempo de terra.Onde não há jardim, as flores nascem de um secreto investimento em formas improváveis.Hoje tenho um amor e me faço espaçoso para arrecadar as alfaias de muitos amantes desgovernados, no mundo, ou triunfantes,e ao vê-los amorosos e transidos em torno,o sagrado terror converto em jubilação.Seu grão de angústia amor já me oferece na mão esquerda. Enquanto a outra acaricia os cabelos e a voz e o passo e a arquitetura e o mistério que além faz os seres preciosos à visão extasiada.Mas, porque me tocou um amor crepuscular,há que amar diferente. De uma grave paciência ladrilhar minhas mãos. E talvez a ironia tenha dilacerado a melhor doação.Há que amar e calar.Para fora do tempo arrasto meus despojos e estou vivo na luz que baixa e me confunde. Carlos Drummond de Andrade